A long time...

As pessoas costumam ter crises de meia-idade lá pelos 40. Há quem fale da crise das mulheres de 30. A minha, veio precocemente, aos 19.

Hoje eu tive que pegar uns documentos no Delta e a nostalgia foi enorme. Mas não é aquele tipo de saudades que quer o passado de volta. É só uma sensação de que o tempo passa, o tempo voa e eu simplesmente continuo empacada no mesmo lugar. Claro que todo mundo vai pensar que isso é um exagero, já que de lá pra cá as coisas mudaram muito.

As pessoas, os amigos, os lugares. Mas é engraçado como parece que eu não transcendi a menina de 16 anos que existe dentro de mim. As minha vontades continuam as mesmas, os meus sentimentos e - PIEGAS! - a minha insegurança. E às vezes, eu tenho medo desses sentimentos ficarem presos a mim, igual ao meu paladar infantil.

Não é certo. Há algum tempo eu venho tentando construir barreiras a minha volta, e fico seguindo várias dicas idiotas, mas eu sei que não vai mudar. Eu me conheço. Quando uma coisa me marca muito - seja boa ou ruim - ninguém tira. Nada faz eu esquecer, ou aceitar.

Me faz mal, me sufoca, vira um círculo vicioso desgraçado. E no fim, nada melhora. E eu tento me consolar com outros aspectos.

Pequenas conquistas são apenas paliativas. O pior é que eu sei que nunca vai passar.

I need a hug