31.10.11

30 Day Book Challenge! - Dia 08: um livro que deveria ser um best-seller


olha, veio a calhar que há umas duas semanas acabei de ler um livro muito bom e que deveria ficar bem famoso e muito bem vendido. Naqueles morros, depois da chuva - do Edival Lourenço, foi um livro que eu precisei lei porque ia ter que escrever sobre o autor, e olha, que surpresa boa. primeiro porque é um livro riquíssimo de informações sobre a formação de Goiás; segundo que é escrito em um linguagem muito interessante, como o próprio autor me disse: "foi uma tentativa de resgate da linguagem daquele tempo, mas de uma forma adaptada". ou seja: uma "ferrugem daquela linguagem".

"O bastardo filho de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, narra a saga de Luis de Assis Mascarenhas, governador da província de São Paulo e Minas de Goyazes, que está indo para o Arraial de Santana com a função de fazer com que a Minas de Goyazes tenha autonomia administrativa. Ele está acompanhado de uma ampla comitiva, composta pelos mais diversos personagens, desde um padre medroso até um “encantador” de serpentes, o narrador-bastardo. A viagem é pontuada por acontecimentos insólitos e alguns um tanto quanto sinistros, que vão dando a narrativa uma eloquência que não nos fazer perder o interesse pela história que está sendo contada. Mesmo diante de todos os percalços do cerrado, de todos os contratempos que permeiam a viagem toda, a comitiva chega ao seu objetivo, com uma recepção acalorada e fogosa dos moradores de Arraial de Santana. Um passo dado para mais uma página da história do Brasil"

16.10.11

30 Day Book Challenge! - Dia 07: um livro que é difícil de ler


acharam vocês que eu havia esquecido do desafio, né? mas nem esqueci. foi só a preguiça aliada ao vírus/bactéria/whatever que pegou a mim e a minha família e nos deixou de cama, sem disposição para nada, durante 4 dias. foram momentos difíceis, mas, felizmente, estou bem.

bom, um livro que eu li, mas que foi difícil é o Versos Satânicos do Salman Rushdie. no começo é muito, mas muito bom. depois, vai ficando tão chato que eu só terminei porque achei que já que eu tinha perdido meu tempo até quase o fim, então, por que não? não é um livro tão bom quanto pintam por aí, mas há quem goste.

"O livro conta as aventuras de dois indianos muçulmanos que sobreviveram a um atentado a bomba de separatistas sikh em um avião. Após a queda, na Inglaterra, um deles, Saladim Chamcha, desenvolve chifres, cascos e um rabo. O outro, Gibreel Farishta, cria um halo e sonha em conhecer o profeta Mahound (antigo termo pejorativo para Maomé)."

com essa história de livro difícil de ler, eu me lembrei de uma carta que o Kafka escreveu para um amigo dele em 1904 sobre o que ele pensava sobre os livros que lia.

“No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você? Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso que acredito.”

não só você, kafka. não só você.



8.10.11

We've been through this such a long, long time just trying to kill the pain

gosto muito quando eu quero fazer algo simples e não sou bem sucedida. tipos quando eu vou à cozinha beber água e ela acabou, ou, sei lá, tento dormir numa tarde de sábado e não consigo, tento estudar e não concentro. são essas pequenas coisas do cotidiano que me deixam bastante feliz só que ao contrário.

um pouco da culpa é da análise. acho que às vezes reviver algumas situações mesmo que seja para resolver o que não ficou muito certo é meio chato. aí eu estou lá, falando, falando, falando, para uma pessoa que deve estar pensando em outras coisas porque nem um barulhinho para dizer que está viva a mulher faz e no fim só escuto a pergunta: por que se submeter a isso?

não sei, né?

já faz um tempo que isso não sai da minha cabeça. ao mesmo tempo em que eu não conseguia achar nenhum um tipo de explicação racional para tal ato do passado, só conseguia pensar que eu sempre fui capaz de aceitar coisas e depois pensar "mas eu sou incapaz de aceitar isso, blá blá blá". confuso. eu sei.

aí eu fico aqui com toda uma raiva retroativa que em algum momento parece ter sentido, quase passa, e o que eu faço? procuro motivo para justificá-la. e sabe, nem preciso me esforçar. sempre acho.

aí volto para o divã e quando perguntada como as coisas vão indo, respondo: não estão indo. como não? sei lá, acho que não consigo mais sobreviver à decepção, apenas.

já é um ponto a se trabalhar.

é, né?