31.10.07

nash pride.

um dos grandes problemas dessa era pós-moderna é que ela está criando uma geração de doentes mentais. sério. se você faz parte da mesma classe que eu (média, branca), provavelmente, você está incluído digitalmente. se for brasileiro então, você quererá mais que estar incluído, estar incluido em tudo! então, com certeza, você esteja no orkut, myspace, fotolog.net, flickr, wayn e demais redes de relacionamento que eu não me lembro agora. todo mundo quer aparecer! andy warhol, quando disse que no futuro todo mundo teria 15 minutos de fama, esqueceu-se de dizer que além de fama, todo mundo teria um fã. ou pelo menos gostaria de ter.
é aí que entra as doenças mentais. as pessoas estão cada vez mais loucas. paranóicas, sabem? elas simplesmente acham que estão sendo perseguidas. na maioria das vezes rola uma mágoa de miguxa: a pessoa não gosta de você, mas tem a CERTEZA que você a ama! você é fã. é obcecada. se visitou seu orkut, é pra vigiar. se tem amigo em comum é pra descobrir algo sobre. se está em uma mesma comunidade é pura e simplesmente por sua causa.
isso anda me dando uma preguiça forte de escrever. porque na mente das pessoas desajustadas tudo é para elas. TUDO É SOBRE ELAS! ai, ando tão cansada disso.
mas quem sabe esse post não é para você, né? sei lá, vai que é? decide aí, com as vozes dentro da sua cabeça.

29.10.07

obra de arte de cu é rola.

ai, gente, eu sei que foi em agosto e talz. mas bem, eu só li isso agora e não deixei de ficar indignada. um tal de guillermo habacuc vargas, que se diz artista(?) plástico, deixou um cachorro de rua morrer em sua exposição. segundo ele, era para mostrar a hipocrisia da sociedade. de acordo com ele isso é arte. claro, é de uma "articidade" ímpar. picasso se tivesse vivo se suicidaria de inveja.

tá rolando uma petição para que esse cara não represente o seu país (costa rica) na bienal centroamericana de Honduras em 2008.

eu super acho que devia rolar uma petição para prender esse filho-da-puta. mas enfim, assinem. não leva nem 5 minutos.


não vou colocar as fotos do cachorro aqui, mas para quem quiser ver essa violência gratuita e vergonhosa e só clicar aqui.

23.10.07

Escorpião 23/10/07

Você se enche de suspeitas quando percebe qualquer ponta de incoerência nas palavras alheias, mas também você deixa passar suas próprias incoerências. Pense bem, num mundo complexo como o atual, é inevitável um pouco de incoerência.


19.10.07

sexta-feira xoxa, sem muita coisa para fazer. então vamos para o msn.


Fabio diz:
eu lembro q era engraçada a que tava no msn
Marina diz:
era mesmo. ai, que vida triste ados intelectuais virtuais
Fabio diz:
demais. eu já andei nessas, é angustiante.
Marina diz:
ahaha angustiante?
Fabio diz:
iurahehrihaiauhriae
Fabio diz:
sempre uma discussão, alguém pra vc provar q vc é melhor, sem deixar parecer q vc se esforça pra ser melhor
Fabio diz:
é uma rotina extenuante
Marina diz: então, conta pra gente fabio, o que melhorou na sua vida depois que vc abriu mão disso?
Fabio diz:
ah, sei lá... agora eu vivo melhor, né? a gente se sente mais livre, assim, começa a ter uma vida. arruma uma namorada, sai com os amigos..

Editando:

depois desse papo aí, fabio me chamou para ir com ele ao shopping comprar um presente pra namorada dele. daí eu fui, né? o objetivo era comprar uma girafa de pelúcia. e aí, gente, elas não existem. achamos duas girafinhas só que sem pescoço. conseguiram imaginar? o que as pessoas estavam pensando quando fabricaram uma girafa sem pescoço? é o mesmo que um elefante sem tromba. é algo tão paradoxo que chega a ser filosófico. segue o diálogo:

Eu: acho que se fosse na noruega a gente poderia processá-los por desrespeito ao consumidor
Fabio: nada, nos EUA já rolava, na noruega a gente poderia processar por desrespeito às girafas, falta de consciência ecológica.
Eu: ganharíamos milhões e seríamos homenageados pelo PETA.
Fabio: nobel da paz pra cima.


ahahaha. eu me divirto às vezes com tão pouco.

15.10.07

e igby vai para o chão.


Igby Goes Down (a estranha família de igby) é um filme que há muito eu queria ver e só esse fim-de-semana consegui. gostei tanto. mas o meu namorado não gostou. quando eu perguntei o motivo ele respondeu: o igby é igual ao holden, é um bosta. o engraçado que enquanto eu assistia ao filme, e me debulhava em lágrimas (oi, sou sensível?) eu percebi uma grande inspiração. sim, é inegável que o igby é um holden "moderno". o fato dele ser expulso de várias escolas, o fato dele escolher NY, o fato dele "perder o rumo". mas é só uma inspiração. porque, pra mim, perto do holden o igby é só um menininho mimado. caufield é uma das personagens mais complexas da literatura moderna. que dia que um diretor vai conseguir transparecer toda essa complexidade em linguagem cinematográfica? nunca. acho que nem com uma versão do Apanhador (que nunca irá acontecer) alguém consiga. daí, só fazendo um "esforço" e lendo o livro mesmo. outra coisa nada-a-ver, mas que me fez gostar mais ainda do igby é que ele é da GRIFINÓRIA.

olhem só o cachecol dele. :D




*

e pensar que tem gente que prefere ler/ver O SEGREDO. só rindo.

11.10.07

posso dizer que o que anda me cansando de uma maneira anormal é a "confecção" de minha monografia. mas posso dizer também que, às vezes, me divirto sozinha com as coisas que eu leio/escrevo.

Luiz Ângelo Dourado, especializado em psicologia criminal, entende que o homicida passional é, acima de tudo, um narcisista. Ele passa a vida enamorado de si mesmo; elege a si próprio, ao invés de aos outros, como objeto de amor. Não possui autocrítica e exige ser admirado, exaltado pelas qualidades que não tem. Não acontecendo assim, sente-se desprezado, morto, destruído, liquidado. Contra isso, luta com todas as armas, podendo até matar para evitar o colapso de seu ego. Reage contra quem teve a audácia de julgá-lo uma pessoa comum, que pode ser traída, desprezada, não amada.

aí vocês me perguntam se tem como rir disso? e eu digo: tem. ah! como tem.

2.10.07

meu

hoje minha mãe me ligou contando que ficaram prontas as reformas do meu quarto em goiânia. o engraçado é que na hora em que ela disse isso eu não senti nada, simplesmente porque meu quarto em goiânia é só um quarto de hóspedes. não tem nada de pessoal meu lá, nada. tudo meu está aqui em uberlândia. nem roupas mais em goiânia eu tenho. tudo aqui. minha vida toda. todos meus livros, todas as minhas roupas, meu guarda-roupa é até estufado. o engraçado é que eu já olho pro meu quarto pensando que ele tem prazo de validade é que acabando 2008, se deus quiser, ele existirá em outro lugar.



pena que cada vez mais eu fico cada vez menos nele.