12.12.11

Jardim de infância mandou lembranças.

Max Weber cunhou um conceito muito legal na Sociologia denominado Ação Social. em linhas gerais - bem gerais - é aquilo que se faz, não se faz, ou deixa-se de fazer.

a princípio o não fazer e o deixar-se de fazer podem parecer a mesma coisa, mas não são. tipo assim: você vê uma velhinha atravessando a rua e pode ajudá-la a atravessar (fazer); você pode jogar cascas de bananas em toda a faixa de pedestre e evitar que ela atravesse (não-fazer); ou pode simplesmente cagar para a velhinha e a porra da faixa, mas saiba você que se ela atravessar sozinha e for atropelada a culpa será sua.

do you got it?

naum rssr!

mas o motivo pelo qual eu estou falando essas coisas é que eu fico muito puta quando nego me chama de rancorosa, sabe? porque é uma análise tão superficial da situação, tão simplista. porque eu não guardo rancor. e não é nem aquele estilo biscatismo de "ai, não guardo nem dinheiro vou guarZZZZzz". bitch, please! o problema é que eu posso até tomar no cu uma vez, mas duas, jamais. porque eu não permito que nego faça isso comigo. não mais, ao menos. e daí tinha essa pessoa que, obviamente, todo mundo achava que eu guardava maior rancor do mundo - ela mesma, inclusive - aí nego passou por maus lençóis e quem acabou estando lá por ela? eu. a idiota. e, sabe? nem me arrependo. porque eu sempre funcionei assim: eu faço o que eu acho certo. teria 145589696 de motivos para mandar a pessoa se foder sozinha e chafurdar na lama e não consegui. simples. mas, né? sou rancorosa. aí o que me mata, no momento, é o não fazer. a hora de retribuir, de ao menos fingir, sabe? E, cadê? nego deixa de fazer. caga. anda. e depois quer exigir certas coisas. certas coisas que você não pode mais oferecer, porque, oi? não faz sentido. aí que que nego faz? TE BLOQUEIA NO FACEBOOK.

isso que eu demorei só um mês para notar.



jardim de infância manda lembranças. ê.

8.12.11

if we lose we're going straight to Hell

quando criança, perto da casa da minha avó, havia um muro com a seguinte pichação: "não se aflija, o mundo ainda é dos idiotas". aquilo me tocava dum tanto, e me passou a tocar ainda mais quando eu vim a descobrir o que era afligir.
duas décadas depois, quase sempre essa frase volta aos meus pensamentos. o mundo é dos idiotas e não há nada que eu possa fazer. é meio triste pensar, aos 26 anos, que nada vale a pena. mas é verdade. é ruim não esperar mais nada de bom das pessoas, mas, como conseguir o contrário? e, olha, que eu não sou o problema . eu sou uma das pessoas mais legais que eu conheço. a questão é que eu conheço tão pouca gente igual a mim, que, sinceramente. como esperar algo? não é desilusão, é meio que preguiça de saber aonde tudo vai parar.