O ano de 2006 começa amanhã. Sempre foi assim, o ano, para mim, sempre começou com aulas. É aí que a coisa pega, as responsabilidades voltam, e tanto no maternal quanto na faculdade, você tem que aceitar que vai passar a maior parte do tempo com pessoas que você não gosta.
Eu nunca gostei muito de quem estudava comigo, deve ser por isso que meus amigos mais antigos NUNCA estudaram comigo. Eu não conseguiria. Na faculdade tenho dois amigos, falha! Mas não vou deixar esse número aumentar, eles me pegaram.
Volto para Uberlândia com uma sensação diferente de todas as vezes que eu pisei por lá. Parece que eu saí do abismo, da piscina funda, parece que finalmente a bola de pelo saiu do meu peito.
Hoje eu estava conversando com a Ana Luísa, e falamos sobre como as mudanças internas são tão grandes que as externas não conseguem acompanhar, é verdade. Em dois meses eu mudei TANTO, mas TANTO, porque passei quase dois anos sem mudar nada. Mas continuo a mesma. Mesmo cabelo, mesmas roupas, mesmo sapatos de boneca.
Parece que eu me reencontrei e que eu voltei para linha que eu tracei para mim desde novinha. Eu não duvido mais de mim, da minha capacidade para qualquer coisa. E isso é ótimo. É bom sentir o sinal da maturidade emocional que parecia tão longe há algum tempo.
É bom saber que apesar de eu mudar TANTO, eu não mudei a minha essência que sempre foi a de tomar partido no que acredita. Eu sempre tomei partidos, e nunca fui o tipo de pessoa vira folha. Acredito SIM, que muitas pessoas merecem segundas chances, mas quando eu acho que elas não merecem, eu simplesmente deleto. E acho que é isso que eu mais gosto em mim: a capacidade de manter a minha posição.
A capacidade de não ser hipócrita, a capacidade de não pedir para as pessoas aquilo que eu não posso fazer por elas. A capacidade de não querer impor a minha vontade a ninguém por capricho e mimo, se eu não posso abrir mão do que as incomoda.
Eu nunca tive duas caras, nunca tive uma vida virtual forjada e ridícula para me sentir melhor, e nunca, NUNCA mesmo, vivi de aparência.
Muita gente pode estar se perguntando por que eu escrevi isso tudo, mas é que hoje, para tirar a prova dos nove, eu percebi o quanto uma pessoa pode se iludir quando gosta de alguém, o quanto é ruim perceber que alguém que já foi tão importante, é tão hipócrita, falsa, que você se pergunta se realmente alguém pode ser assim.
Como as pessoas podem negar tudo que falaram de uma maneira tão vil, tão baixa, eu não consigo nem achar outro adjetivo, talvez mesquinha, mas mesmo assim seria pouco.
Vou até parar de escrever senão eu vou acabar vomitando nesse teclado. Até amanhã.
e eu nem vi q a gente já tava em 2006, ou que 2006 começa amanhã.
ResponderExcluirpra mim, só vejo que um ano passou pra outro quando é meu aniversário.
isso quando eu estou sóbrio no meu aniversário, pq senão nem vejo diferença também.
Tanto em 2 meses... engraçado, tenho a impressão de ter passado os últimos 2 meses ao seu lado. Pude ver a mudança de camarote, na janelinha...
ResponderExcluirAs pessoas sempre se enganam, a gente com elas e elas com a gente. Mas fazer o que!? Altruísmo não existe mesmo.
Não sei ao certo de quem vc falava no texto, mas fico feliz por sentir ter atingido a maturidade.
Você é a dona das minhas homenagens! =***