19.12.10

queridismo as way of life

já faz tempo que eu vinha querendo escrever esse post. acabei procrastinando porque sabia que ia acabar tendo que me explicar, que ouviria encheções de saco de quem não consegue ler além do óbvio e, enfim, acabei deixando para lá. mas acontece que nos últimos dias têm acontecido tantas coisas que optei pelo desabafo.

não é novidade para ninguém que eu não sou uma praticante do queridismo. não gosto de sabujice, não sou bajuladora e não suporto que façam comigo. por isso mesmo não concordo com o Rei na vontade de ter um milhão de amigos. tenho poucos e sou feliz. tudo porque sei muito bem que o mundo é dividido em duas categorias de pessoas: as normais e as retardadas. sendo que o segundo tipo ocupa 95,3% do globo terrestre.

e outra: é complicado demais ser meu amigo. eu exijo muito. não peço favores, presentes de aniversário, nem comentários bondosos no orkut, dinheiro, fotos em baladas ou telefonemas. claro que todas essas coisas são sempre bem-vindas, mas estão longe de pertencerem ao hall do que quero. o que eu procuro é caráter, fibra moral, inteligência, senso de humor e, principalmente, paciência. porque aguentar meu muro de lamentação particular e meus momentos em que eu insisto em ser desagradável não é para qualquer um.

é seguro, é leve. é a certeza do eterno gostar. o cadáver enterrado sem pedidos de explicação. os telefonemas em desespero, os cartões postais do exterior, os segredos compartilhados apesar dos quilometros de distância, dos horários desencontrados, do cotidiano diferente.

óbvio que às vezes ainda tenho meu dedo podre. acabo dando o meu certificado de amigo a pessoas decepcionantes. pessoas essas que só vieram ao mundo com um único propósito: decepcionar. desvios, interesse como modo de vida, tudo que minha mãe me ensinou ao contrário.

mas faz parte. nos ajuda a dar valor a quem merece. posso continuar dedicando minhas piadas, meu eterno deboche, até a resposta de um cumprimento dado de má vontade
àqueles que só se dedicam a ZUAR E ZUAR. aos outros poucos, meus amigos queridos, meu eterno amor travestido de neuroses e pequenas implicâncias.

4 comentários:

  1. Admiro você. Não eu não te conheço e discordo de uma parte considerável do que você escreve, ainda assim, te admiro.

    Não tenho certeza se você vai ler isso - de qualquer modo seria apenas invasivo demais te mandar um e-mail. Conheci seu blogger pelo simples fato de que é exatamente o nome que eu gostaria de ter para um blog. Sou uma pessoa que gosta de eufemismo, que gosta de desvendar um eufemismo, que pode adorar ou detestar uma hipérbole, que pode apreciar ou menosprezar uma metáfora. Mas eu gosto de eufemismos.

    No mais, odeio redes sociais - e estar "disponível" e fazer "amigos" - e de todo modo acredito que não valha a pena deixar meu e-mail aqui. Fica o meu adeus.

    PaulaS.

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  2. Olha primeira vez ak... comecei a ler esse post e comecei a pensar exatamente no momento q estou hj, e a palavra é decepção!

    Não do post, lógico, mas das pessoas. Decepção.

    Existem pessoas q vc passa grande parte da sua vida ao lado. e por um pequeno momento, até mesmo discreto, vc percebe q não vale nada...

    E pq a gente ainda chora? E pq ainda dói? Se vc viu q a pessoa não te interessa mais e q vc não confia mais nela?

    Ainda não sei, mas se descobrir te aviso. E vice-versa, por favor!

    Bjusss, e estarei sempre ak

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