12.12.11

Jardim de infância mandou lembranças.

Max Weber cunhou um conceito muito legal na Sociologia denominado Ação Social. em linhas gerais - bem gerais - é aquilo que se faz, não se faz, ou deixa-se de fazer.

a princípio o não fazer e o deixar-se de fazer podem parecer a mesma coisa, mas não são. tipo assim: você vê uma velhinha atravessando a rua e pode ajudá-la a atravessar (fazer); você pode jogar cascas de bananas em toda a faixa de pedestre e evitar que ela atravesse (não-fazer); ou pode simplesmente cagar para a velhinha e a porra da faixa, mas saiba você que se ela atravessar sozinha e for atropelada a culpa será sua.

do you got it?

naum rssr!

mas o motivo pelo qual eu estou falando essas coisas é que eu fico muito puta quando nego me chama de rancorosa, sabe? porque é uma análise tão superficial da situação, tão simplista. porque eu não guardo rancor. e não é nem aquele estilo biscatismo de "ai, não guardo nem dinheiro vou guarZZZZzz". bitch, please! o problema é que eu posso até tomar no cu uma vez, mas duas, jamais. porque eu não permito que nego faça isso comigo. não mais, ao menos. e daí tinha essa pessoa que, obviamente, todo mundo achava que eu guardava maior rancor do mundo - ela mesma, inclusive - aí nego passou por maus lençóis e quem acabou estando lá por ela? eu. a idiota. e, sabe? nem me arrependo. porque eu sempre funcionei assim: eu faço o que eu acho certo. teria 145589696 de motivos para mandar a pessoa se foder sozinha e chafurdar na lama e não consegui. simples. mas, né? sou rancorosa. aí o que me mata, no momento, é o não fazer. a hora de retribuir, de ao menos fingir, sabe? E, cadê? nego deixa de fazer. caga. anda. e depois quer exigir certas coisas. certas coisas que você não pode mais oferecer, porque, oi? não faz sentido. aí que que nego faz? TE BLOQUEIA NO FACEBOOK.

isso que eu demorei só um mês para notar.



jardim de infância manda lembranças. ê.

8.12.11

if we lose we're going straight to Hell

quando criança, perto da casa da minha avó, havia um muro com a seguinte pichação: "não se aflija, o mundo ainda é dos idiotas". aquilo me tocava dum tanto, e me passou a tocar ainda mais quando eu vim a descobrir o que era afligir.
duas décadas depois, quase sempre essa frase volta aos meus pensamentos. o mundo é dos idiotas e não há nada que eu possa fazer. é meio triste pensar, aos 26 anos, que nada vale a pena. mas é verdade. é ruim não esperar mais nada de bom das pessoas, mas, como conseguir o contrário? e, olha, que eu não sou o problema . eu sou uma das pessoas mais legais que eu conheço. a questão é que eu conheço tão pouca gente igual a mim, que, sinceramente. como esperar algo? não é desilusão, é meio que preguiça de saber aonde tudo vai parar.




24.11.11

We're like how we were again

sabe aquela sensação de broken heart? tou nessas. mas o mais impressionante é estar nessas depois de quase dois anos solteira, com poucos envolvimentos e sem absolutamente ninguém para me deixar assim. se a gente pensar que a última vez que eu troquei uns beijinhos com alguém foi em julho. quer dizer...depressão pós-romance retroativo?

aí, como eu estou super magoada, estou ouvindo a deusa da depressão e romance-vida-de-merda-amy-falecida-winehouse. achei apropriado.

me lembrei de um casalzinho que se sentou ao meu lado em um dos meus voos gyn-rj-sp-sp-bsb-gyn. os dois super cúmplices na viagem, ele perguntado onde estava a carteira dele, ela dizendo que na bolsa dela, ele falando que tinha se esquecido de não-sei-o-quê, ela dizendo que tinha lembrado e guardado. been there.

acho que finalmente bateu aquela falta de ter alguém para compartilhar, sabe? mas, cadê? aliás, em julho foi engraçado. eu estava lá procurando naquele banheiro uma escova de dentes novas e ouvi a voz que vinha do quarto: "que que você tá procurando?" - "uma escova de dentes" - "ah, pega a minha". ok.

fiquei 4 anos com a pessoa e nunca tinha acontecido isso. aí, 5 anos depois, esse "usa a minha" como se fosse algo normal.

depois de 5 fucking anos.

fez sentido para vocês? nem para mim.


31.10.11

30 Day Book Challenge! - Dia 08: um livro que deveria ser um best-seller


olha, veio a calhar que há umas duas semanas acabei de ler um livro muito bom e que deveria ficar bem famoso e muito bem vendido. Naqueles morros, depois da chuva - do Edival Lourenço, foi um livro que eu precisei lei porque ia ter que escrever sobre o autor, e olha, que surpresa boa. primeiro porque é um livro riquíssimo de informações sobre a formação de Goiás; segundo que é escrito em um linguagem muito interessante, como o próprio autor me disse: "foi uma tentativa de resgate da linguagem daquele tempo, mas de uma forma adaptada". ou seja: uma "ferrugem daquela linguagem".

"O bastardo filho de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, narra a saga de Luis de Assis Mascarenhas, governador da província de São Paulo e Minas de Goyazes, que está indo para o Arraial de Santana com a função de fazer com que a Minas de Goyazes tenha autonomia administrativa. Ele está acompanhado de uma ampla comitiva, composta pelos mais diversos personagens, desde um padre medroso até um “encantador” de serpentes, o narrador-bastardo. A viagem é pontuada por acontecimentos insólitos e alguns um tanto quanto sinistros, que vão dando a narrativa uma eloquência que não nos fazer perder o interesse pela história que está sendo contada. Mesmo diante de todos os percalços do cerrado, de todos os contratempos que permeiam a viagem toda, a comitiva chega ao seu objetivo, com uma recepção acalorada e fogosa dos moradores de Arraial de Santana. Um passo dado para mais uma página da história do Brasil"

16.10.11

30 Day Book Challenge! - Dia 07: um livro que é difícil de ler


acharam vocês que eu havia esquecido do desafio, né? mas nem esqueci. foi só a preguiça aliada ao vírus/bactéria/whatever que pegou a mim e a minha família e nos deixou de cama, sem disposição para nada, durante 4 dias. foram momentos difíceis, mas, felizmente, estou bem.

bom, um livro que eu li, mas que foi difícil é o Versos Satânicos do Salman Rushdie. no começo é muito, mas muito bom. depois, vai ficando tão chato que eu só terminei porque achei que já que eu tinha perdido meu tempo até quase o fim, então, por que não? não é um livro tão bom quanto pintam por aí, mas há quem goste.

"O livro conta as aventuras de dois indianos muçulmanos que sobreviveram a um atentado a bomba de separatistas sikh em um avião. Após a queda, na Inglaterra, um deles, Saladim Chamcha, desenvolve chifres, cascos e um rabo. O outro, Gibreel Farishta, cria um halo e sonha em conhecer o profeta Mahound (antigo termo pejorativo para Maomé)."

com essa história de livro difícil de ler, eu me lembrei de uma carta que o Kafka escreveu para um amigo dele em 1904 sobre o que ele pensava sobre os livros que lia.

“No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você? Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso que acredito.”

não só você, kafka. não só você.



8.10.11

We've been through this such a long, long time just trying to kill the pain

gosto muito quando eu quero fazer algo simples e não sou bem sucedida. tipos quando eu vou à cozinha beber água e ela acabou, ou, sei lá, tento dormir numa tarde de sábado e não consigo, tento estudar e não concentro. são essas pequenas coisas do cotidiano que me deixam bastante feliz só que ao contrário.

um pouco da culpa é da análise. acho que às vezes reviver algumas situações mesmo que seja para resolver o que não ficou muito certo é meio chato. aí eu estou lá, falando, falando, falando, para uma pessoa que deve estar pensando em outras coisas porque nem um barulhinho para dizer que está viva a mulher faz e no fim só escuto a pergunta: por que se submeter a isso?

não sei, né?

já faz um tempo que isso não sai da minha cabeça. ao mesmo tempo em que eu não conseguia achar nenhum um tipo de explicação racional para tal ato do passado, só conseguia pensar que eu sempre fui capaz de aceitar coisas e depois pensar "mas eu sou incapaz de aceitar isso, blá blá blá". confuso. eu sei.

aí eu fico aqui com toda uma raiva retroativa que em algum momento parece ter sentido, quase passa, e o que eu faço? procuro motivo para justificá-la. e sabe, nem preciso me esforçar. sempre acho.

aí volto para o divã e quando perguntada como as coisas vão indo, respondo: não estão indo. como não? sei lá, acho que não consigo mais sobreviver à decepção, apenas.

já é um ponto a se trabalhar.

é, né?

30.9.11

30 Day Book Challenge! - Dia 06: um livro que te faz chorar


na verdade esse livro não me faz chorar, ele me fez convulsionar em lágrimas. sírius black morre e temos certeza que harry nunca será feliz nessa vida. Harry Potter e a Ordem da Fênix - J.K Rowling


27.9.11

30 Day Book Challenge! - Dia 05: um livro de não-ficção que você realmente gostou


têm vários livros de não-fição que eu adoro, mas acho que o que mais me tocou foi Ilícito do Moisés Naím. mais do que um relato jornalístico primoroso é também uma tese econômica interessantíssima sobre o outro lado da globalização. é chocante e vale a pena.

"As redes mundiais de comércio ilegal de armas, drogas, órgãos humanos, imigrantes, bens falsificados, prostitutas, arte roubada, além do terrorismo e da lavagem de dinheiro são hoje uma parte consolidada da economia internacional e movimentam centenas de bilhões de dólares ao ano. Neste livro, Moisés Naím, editor da revista Foreign Policy, realiza uma investigação detalhada e pioneira sobre um lado pouco conhecido da globalização - as atividades ilícitas. Contrabandistas, traficantes e piratas sempre existiram, mas nunca com um poder econômico que gira em torno de 10% de todo o comércio mundial, muito menos com um poder político capaz de controlar nações inteiras. Com dados surpreendentes e exemplos atuais, o autor faz de 'Ilícito' uma contribuição indispensável a todos que desejam conhecer um pouco mais sobre essa nova economia global, mais interligada, mais rápida e menos sujeita ao controle dos Estados."

21.9.11

forever alone!

como vocês andam sem graça, minha gente. hoje, no intervalo entre um trabalho feito e o começo de outro, eu dava uma olhada no meu twitter, e poutz! como tudo anda so boh-ring, hein. não consigo achar graça em nada do que vocês postam, compartilham. as piadas estão xoxas, e tem gente que nem é tão legal/feliz/hipster assim. sei nem por que ainda sigo. ultimamente virei uma viciada em notícias, clico em tudo que os profiles de notícias/órgãos postam, porque é o que temos para hoje. tivemos para ontem. vamos ter para amanhã, provavelmente.

aí eu corro para o MSN, né? mas tenho mais de 150 pessoas naquilo e só me interesso em conversar com umas cinco. o que complica um pouco. porque alguém no Itamaraty precisa trabalhar; e os doentes do hospital da USP de Ribeirão precisam de assistência; na ESPM, em são paulo, tem alguém querendo criar algo genial; e tem outra lá na Tailândia que acha que os ófãos asiáticos precisam mais dela do que eu. Em são carlos existem pessoas envolvidas em crises financeiras e familiares; enquanto que em Uberlândia estão mais preocupadas em estudar e achar um ingresso para o rock n rio. nessas horas que seria bom ter alguém para cantar Michael Jackson aos gritos comigo, mas, né, ele achou que seria de bom tom se matar.

sabe, vocês não me deixam outra alternativa a não ser ficar stalkeando ad eternum o meu amor platônico gay no FB.

por dels, vocês já foram melhores. é preciso muito ver isso aí.

30 Day Book Challenge! - Dia 04: Um livro que você lembra de casa


ai, gente, eu não desisti do desafio de livros, foi o meu computador que semana passada desistiu de mim e teve que passar uns dia no Gustavo. daí que estava complicado demais fazer qualquer coisa que não fosse usar o msn no note de minha mamãe. mas eu voltei, voltei para ficar e continuemos o desafio, mas com alguns PS(s). primeiro: me perguntaram nos comentários sobre a história do livro passado, então eu pensei que seria de bom tom ao menos colocar a sinopse dos livros escolhidos. segundo: eu já editei os post abaixos. então vamos que vamos:

Dia 04: Um livro que você lembra de casa

sabe que esse eu nem tive que pensar muito? eu lembro bem quando era criança da minha mãe lendo O feijão e o sonho - Origenes Lessa repetidas vezes e excomungando meu pai por isso, reclamando que aquele livro era a história da vida dela, sempre muito puta. eu meio que tinha horror de pensar em ler esse livro porque ele deixava minha mãe bem triste. O tempo passou e quando eu estava na faculdade acabei me deparando com ele na biblioteca e li. só aí eu consegui entender o sentimento de frustração que minha mãe tinha com esse livro. ainda bem que ela separou do meu pai e esse livro foi embora com ele. é um livro muito bem escrito e simples, e existe até uma versão na coleção vagalume.

"A trama gira em torno de Campos Lara, poeta que vive a embalar o sonho da criação literária, alheio aos aspectos práticos da luta pela sobrevivência. Casado com Maria Rosa, a relação é um desajuste só. Campos Lara sonhando, escrevendo, poetando; Maria Rosa batalhando, preocupando-se e, principalmente, azucrinando a vida do irresponsável marido.Os rendimentos conseguidos pelo poeta, dando aulas ou escrevendo para os jornais são extremamente escassos e insuficientes para fazer frente às despesas da família. Os credores não dão sossego; o senhorio cobra os aluguéis atrasados; o dono da farmácia deixa de fornecer medicamentos para a filharada adoentada; a alimentação é parca e de má qualidade: a vida é um inferno."

14.9.11

30 Day Book Challenge! - Dia 03: Um livro que te surpreendeu completamente (ruim / bom)


acho que o livro que mais me surpreendeu, e de um jeito bom, foi Dois Irmãos do Milton Hatoum. Eu fazia terceiro colegial e ia cair no vestibular. fui ler de má vontade e me surpreendi com um dos melhores romances brasileiros já lidos por mim. sem contar que fiquei apaixonada em um dos personagens! hihihi

agora também vou fazer o desafio aqui junto dos meus amiguinhos!

"A trama gira em torno da tumultuada relação entre dois irmãos gêmeos, Yaqub e Omar, em uma família de origem libanesa que vive em Manaus. O ambiente que forma o pano de fundo da história é o de imigrantes que se dedicam ao comércio, numa cidade que vê aprofundar-se sua decadência, após o período de grande efervescência econômica e cultural vivido no início do século XX."



13.9.11

30 Day Book Challenge! - Dia 2: livro menos predileto.

na verdade, é meio estranho, né? menos predileto? então preferi encarar como algum livro que eu não tenha gostado mesmo. pensei em vários que eu detesto, mas não tinha conseguido chegar ao final (será por quê?), depois pensei no Código Da Vinci, mas como o desafio é sobre livros de verdade, fiquei com o Assassinato no Expresso Oriente, da famosa e superestimada Agatha Christie.
meu, lembro muito quando eu li esse livro no rodízio de livro da escola e ter ficado muito, mas muito puta mesma com ele. porque, né? nunca vi uma autora tratar com tanto desrespeito o leitor. ser escrota de estragar o final só para sair se achando muito marota. detesto autor assim. para mim, livro de mistério bom, é aquele que existe a possibilidade do leitor descobrir o desfecho. enfim, eu odiei esse livro, e depois ainda li uns outros quatro livros dela e também odiei. ou seja: eu odeio Agatha Christie.

" O luxuoso trem, surpreendentemente lotado para aquela época do ano, fica detido nos trilhos durante uma tempestade de neve e um homem é assassinado, encontrado morto em sua cabine com doze facadas e a porta trancada por dentro. Logo fica evidente que o assassino só pode estar entre os passageiros. Hercule Poirot é chamado a esclarecer o mistério e fica perplexo diante das pistas abundantes que levam a conclusões contraditórias e improváveis. Um crime tão fantástico que desafia até mesmo suas famosas faculdades dedutivas"

12.9.11

30 Day Book Challenge! - Dia 1: meu livro predileto.


o blog anda meio parado, né? eu sei. mas, gente, ando numa rotina tão repetitiva, que se eu escrevesse sobre isso vocês iriam vomitar na minha cara. então, né? vou aceitar a dica que meu amigo fabio deixou nos comentários e vou fazer o desafio dos 30 livros em 30 dias! por favor, gente, não me deixem esmorecer.

Dia 1: meu livro predileto.
é bem difícil, viu? vinte anos aí, nessa vida de apaixonada por literatura, fica muito difícil escolher. mas depois de muito pensar, fazer mil cálculos mentais, o eleito foi Franny & Zooey do J.D Salinger. o motivo é bem simples: me identifico demais com a Franny. de um jeito que eu nunca me identifiquei com nenhuma personagem que eu já tenha lido. na verdade, nós somos muito parecidas e eu levo minha vida toda tentando não ser. mas, olha, não é fácio! é um livro muito bem escrito (Salinger, né?), muito interessante e muito intenso. todo mundo deveria lê-lo. todo mundo deveria conviver alguns dias com a excêntrica família glass.

"Em 'Franny e Zooey', J.D. Salinger apresenta um conto narrado por Buddy, membro da estranha família Glass. A obra mostra acontecimentos importantes nesta família excêntrica."

6.9.11

blue valentine. ou como é triste um amor que acaba.


é impressionante a capacidade que brasileiros têm em ferrar nomes de filmes. eu gostaria de saber se a pessoa que escolheu o título "namorados para sempre" realmente assistiu a blue valentine. é impressionante também como a academia norte-americana pode ser tão injusta ao considerar que uma insossa natalie portman, em um filme boh-ring, merecia mais um oscar que a michelle willians, aquela linda.
não sei se foi uma escolha acertada assistir esse filme em uma noite pré-feriado, sozinha em casa e com TPM. porque olha: taí um filme que é um turbilhão de sentimentos.
cindy e dean se conhecem por acaso, se apaixonam por acaso e, por acaso, vivem uma história de amor. é aquela coisa. eles estão apaixonados e encantados um pelo outro, admiração, respeito, lealdade, companheirismo. risos juntos, choros juntos. tudo aquilo que é comum entre duas pessoas que dividem um sentimento tão forte. e daí acaba. toda história tem começo, meio e fim, mas o filme só mostra os extremos: o começo (a felicidade) e o fim (aquele desastre). só podemos supor o que aconteceu durante os anos (provavelmente uns 7 ) para aquele relacionamento, que era tão forte, degringolar daquela forma.
aí o filme mostra com maestria aquilo que acontece com vários casais que já se amaram muito:o desamor. e ele é mais triste do que qualquer coisa. do que qualquer infidelidade, traição, whatever. a perda daquilo que os mantinham juntos, começo dos antônimos: o desrespeito, o tédio, a falta de desejo, as agresões gratuitas...
e o pior: sempre tem aquele que, de um lado, não suporta mais e reage sendo meio sádico, e aquele que fica se perguntando como a felicidade conseguiu se transformar naquela dor? o mérito do filme talvez seja exatamente esse: nos mostrar que tudo isso pode acontecer, aconteceu ou está acontecendo com a gente. sem tirar, nem pôr.

#ficadica!

5.9.11

No MSN

Marina diz:
eu sou meio seca, né?
então não consigo com pessoas carentes
fabio diz:
é foda mesmo
gente pedindo atenção o tempo inteiro, né?
♕ Marina diz:
é
sei lá
vai pedir pro pai, pra mãe
eahaeiuaheiuh
fabio diz:
aiuhiauriuahaeiuuraihe
♕ Marina diz:
mas num é?
fabio diz:
é demais
ou seja
tem pessoas biologicamente propensas a te dar atenção
e vc vem encher o MEU saco?


2.8.11

Eu, essa grande meliante

As pessoas têm mania de falar que não entendem por que eu sou tão indignada, tão tolerância zero, tão sem paciência. mas, gente, vocês não sabem o que eu passo. não é fácio!

estava eu voltando da natação, quando chego à portaria do meu prédio e uma senhora estava esperando impaciente de fora. o porteiro não estava. esperei, esperei e perguntei há quanto tempo ela estava ali. uns cinco minutos. mais os dois que eu já estava, das duas uma: ou o porteiro tava ZUANDO ou a coisa tava feia ali na casinha. continuamos as duas ali, make putas, tocando o interfone e nada.

daí desce uma moradora, meldels que alívio. a mulher pára e fica lá. daí eu, muito pacientemente, peço que ela aperte o botão dentro da portaria (super achando que ela não estava abrindo porque não sabia onde ficava) a mulher me vira e diz:

- ah, vou procurar o porteiro...
- beleza, mas abre aí pra gente...
- ah, não posso, não conheço vocês...
- EU MORO AÍ
- mas eu não te conheço...vai saber...


v.a.i s.a.b.e.r!

MINHA SENHORA, EU ESTOU AQUI HÁ DEZ MINUTOS PACIENTEMENTE TOCANDO O INTERFONE PORQUE EU SOU UMA LADRA EDUCADA??

ai...não sei.

gente, não consigo explicar o ódio que eu senti dessa mulher, mas, para minha sorte,um carro entrou na garagem e eu entrei por lá. muito puta. nível alfredo nascimento de putice.

daí a mulher ainda vem ao meu encontro para dizer que eu não deveria subir o elevador antes de ser identificada, porque, né? ela não me conhecia. E SEGURA MEU BRAÇO! gente, pra quê?

AINDA BEM QUE EU NÃO CONHEÇO A SENHORA, O QUE ME FAZ NÃO SER MAL EDUCADA COM ESTRANHOS E NÃO LHE MANDAR TOMAR NO CU. PASSAR BEM.

e vocês ainda me perguntam por quê.

6.7.11

da arte de entrar no ônibus errado.

li o post patrícia e achei muito bacana o modo que ela colocou suas angústias em uma metafóra de não saber que ônibus pegar. me lembrou um filme do woody allen que e gosto bastante, memórias. o personagem, um diretor de filmes de comédia que quer fazer filmes sérios, tem esse sonho em que ele está em um vagão de trem cheio de pessoas tristes, e ele tá indo não sabe aonde, e do seu lado tem um vagão todo animado com festa regada a vinho e caviar.

eu tenho minha própria metáfora.

desde muito, muito nova, eu tenho um sonho recorrente com ônibus errado. é até engraçado. eu entro no ônibus, passo a catraca e percebo que não peguei a condução certa , aí eu vejo que não tenho mais nenhum dinheiro e não sei mais onde estou. o ônibus continua seu caminho, e eu estou lá: sem dinheiro e rodeada de pessoas estranhas. depois de um momento de muita angústia eu reconheço alguém. só que é alguém que eu sei quem é, mas não tenho a menor intimidade. a caixa da padaria da esquina; alguém que eu estudei mas nunca troquei uma palavra; um vizinho que eu só topo no elevador.... a angústia aumenta e o sonho acaba sem fim. eu sonho com isso há anos. ou pelos menos costumava a sonhar, porque há mais ou menos uns 2 que isso não acontece.


lembro das vezes que conversei sobre isso com minha psicanalista e ela tentava me induzir a interpretações óbvias: a angústia de estar perdida; a incapacidade de agir; a falta de ter com quem contar.

há dois anos eu não pego o ônibus errado. devo ter começado a prestar mais atenção, né?



11.6.11

nesse dia dos namorados resolvi fazer algo de diferente....

...resolvi, após 9 anos, não ter namorado. verdade seja dita, brasil: finalmente consegui ficar solteira por mais de um mês e nunca estive melhor. quando eu digo isso, não quero parecer essas deslumbradas de fb que terminam namoro e saem colocando fotos muito loucas na balada. digo porque a experiência de ficar solteira, por quase um ano, era meio que um desafio para mim. comecei a namorar aos 15 e nunca mais parei. emendei um namoro no outro e nunca tive muito tempo para ficar sozinha. hoje em dia estou igual àquela música do arnaldo antunes em que ele diz: já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada. é bem por aí. acho que mais do que ter ficado desiludida fiquei mesmo cética e desesperançosa. percebi que o cromossomo y vem quase sempre embutido com o gene da babaquice, e que eu tenho muito dedo podre para escolher pessoas para me relacionar. nem importa se a pessoa tem 20 ou 48 anos, a babaquice e a falta de consideração são as mesmas. mas eu sei que não são todos. sou muito boa para fazer amigos homens, e acho grande parte dos meus amigos perfeitos para qualquer mulher. deve ser por isso que eu transformo a maioria dos caras legais que eu conheço em amigos. para não correr o risco de me decepcionar depois. sei que pode parecer armagura e recalque, mas não é por isso que eu escrevo. desde o dia em que eu acordei e nem sequer me lembrei do dia que vivia se repetindo na minha vida, as coisa ficarem mais leves. sei que um dia eu vou virar a esquina e talvez encontrarei alguém com que eu queira que seja infinito enquanto dure (mesmo que nunca seja!), mas, enquanto esse dia não chega, fico aqui fazendo algo de diferente e sempre tomando meus bons drink.

Feliz dia dos namorados!

25.4.11

Hey, BB, vá à merda.

meu, quando eu falo que eu sou azarada ninguém acredita, mas, sinceramente, têm coisas que só acontecem comigo. senta que lá vem o drama:

hoje, no horário do almoço, fui ao banco sacar um dinheiro. daí, de repente, não mais que de repente, aparece na tela do caixa eletrônico: saque realizado. certo. 30 segundos depois eu percebo, e, opa, cadê meu dinheiro?

o dinheiro não veio.

tirei meu extrato ainda não acreditando que aquilo estava acontecendo. mas aconteceu. minha sorte, oi?, era que do meu lado estava uma funcionária do banco e eu logo comecei:

- moça, é o seguinte, o caixa ficou com o meu dinheiro.
-oi?
- é, moça, olha aqui, eu tentei sacar ele deu como feito, mas não me deu meu dinheiro, moça
- ahhmm....eeerr...peraí - ela chama um outro funcionário
-moço, meu dinheiro! não veio. eu preciso falar com o gerente!
- o gerente está para o almoço
-tá, mas com alguém que resolva o problema - já comecei a ficar meio chateada
- você precisa ligar na ouvidoria....
-oi? tá.....moço, olha só, não funciona
-ah, a gente só pode abrir o caixa depois das 18
-oi? e o meu dinheiro, todo mundo viu aqui que o caixa não tirou o meu dinheiro - pessoas começam me olhar
-olha, amanhã eles vão devolver seu dinheiro para você
- nossa, que ótimo moço, eu preciso mesmo ir embora, tá na hora do meu almoço. cadê meu protocolo?
-não tem
-arrrraam, tá, cadê o papel que você assina aí dizendo o que aconteceu, han?
-não trabalhamos com isso
-então eu vou ter que acreditar na sua palavra?
-vai
-moço, cadê o gerente?
- está no almoço, me desculpe, não posso fazer mais nada.

não.posso.fazer.mais.nada

-moço, o sr não está entendendo. eu não vou sair daqui sem uma prova do que aconteceu, não pode ser a sua palavra contra a minha.

- já disse que eu não posso fazer nada, você não tem outro dinheiro na sua conta? tira de novo e amanhã você vai ser reembolsada.

HAHAHAHAHAHAAH! (olha a minha cara de quem ia enfiar meu cartão em um daqueles caixas de novo?)

aí eu fiquei puta, né? tipo assim, nível welligton menezes! eu ali, sendo LESADA, e nego dizendo que eu tinha que ir para casa e ainda querendo saber do meu dinheiro!

chamei a polícia.

esperei 40 minutos.

quando o seus guardas chegaram, um pediu para eu passar minhas informações para o b.o, o outro entrou no banco. 5 minutos depois sai o gerente (ma, oe, não estava almoçando?) meu dinheiro, um pedido de desculpa FALSO, e o guarda sorridente.

#euconfionapmgoiania


e, você, BB, vai tomar no c*!

31.3.11

Meme do Agora

vi nesse blog esse meme super legalzinho! na verdade eu estou sem inspiração, mas com vontade de atualizar isso aqui. não me julguem. a gente tem que falar em questões de décadas, mas como eu acho que 20 e 25 tem uma diferença enorme, vamos lá:

Aos 25...
Eu sou… tranquila, meio impaciente e um pouco (tá, muito!) mal humorada. mas eu também sou divertida, tá?
Eu quero ser… eu quero ser mais independente do que eu já sou, tipo 100% independente e também uma pessoa mais interessante do que eu sou hoje em dia.
Na minha casa… eu passo 2/3 do meu dia, durmo, como, tomo banho, estudo.
Eu encano com… eu sou muito paranóica, então eu meio que encano com tudo.
E acredito em… eu acredito em tudo que é acreditável, sabe? tipo, eu não acredito em astrologia e nem em perder peso dormindo.
Tenho medo de… altura, de multidão, do trânsito, de adoecer, de mar aberto, de agulha, enfim, sou basicamente aquele tipo de pessoa que tem fobia de tudo.
Acho graça em… nos meus amigos, em bobagens de internet, em gente cafona.
Choro com… na TPM eu choro até em propaganda da coca-cola, mas normalmente só choro de raiva.
Não vivo sem… internet, sem meus livros e sem cosméticos.
Tenho mania de… remédio, de doença. de estalar todos os ossos do meu corpo
Meus três melhores amigos são… mais que isso!
Eu tenho como heróis… ah, sei lá, a blair waldorf?
Meu sex symbol… o Dr Felipo Pedrinola :~
O amor é… deve ser o que eu sinto pela minha mãe e o meu sobrinho, sabe?
Meu livro de cabeceira é… eu tenho TANTOS livros na minha cabeceira, mas acho que o livro que eu mais li, umas 3x, foi Franny e Zooey do J.D Salinger
Meu vinil preferido é… nenhum, não sou dessa época. ainda bem!
Meu sapato favorito é… sapatilha! calça skinny, regata e sapatilha: sou dessas.
No meu armário não falta… vestidos de todas as cores e estampas.
Minha balada preferida… primeiro que eu acho a palavra "balada" cafona, e segundo que eu acho cafona quem tem uma balada preferida.
Minha luta...eu queria fazer krav magá :~
Meu maior fora foi… não consigo me lembrar...sinceramente
Minha bola dentro… estou me arrependendo de responder esse meme idiota
As pessoas acham que… que eu sou antipática e mal humorada
Mas eu juro… que eu sou isso mesmo, principalmente com que eu acho que merece.
O que eu mais ouço… que eu devia relaxar mais! que coisa, né?
Eu me sinto livre… quase nunca. eu não sou uma alma livre.
Rezo por/para… sou atéia, não tenho essa hábito.
Meu ponto fraco… acho que é a impulsividade!
Meu grande charme… não sei, tenho que perguntar para terceiros.
No chuveiro, eu canto…eu não canto, eu converso sozinha!
De madrugada, eu… durmo
Meu meio de tranporte: carro
Eu tenho ilusão de… nenhuma ilusão, dear. nenhuma!
Se alguém disser que eu serei presidente…eu vou rir. não faço o requisito!

18.3.11

oh céus, oh vida!


sou realista superpessimista e dramática chata. não sei ser diferente. é o meu jeitinho. nunca consegui ver o lado bom das coisas. sempre que algo ruim acontece (e rola toda uma frequência) eu nunca consigo ser poliana. porque, né? vou ficar procurando lado bom para quê? resignação? não trabalhamos.

eu fico puta.

muito.

nível adolf hitler de putice

e aí eu escuto que tenho que ficar calma, que vai passar, que azar atrai azar e que dias melhores virão.

não acredito.

e tem a minha mãe. ela fica tentando me fazer ver tudo de bom que o sofrimento pode trazer.

não vejo.

aí começa com aqueles exemplos babacas: eu poderia estar passando fome, eu poderia ser aleijada, eu poderia ser uma criança da àfrica. eu deveria parar de reclamar, ela só quer me ajudar na solução.

aí está o problema: quando eu estou chateada/grilada/puta, eu quero ter esse direito, sabe? eu não quero que ninguém dê opinião, nem que tente me mostrar o caminho, a verdade e a vida. isso eu vou querer depois. amanhã. não agora. agora eu quero apoio moral, incondicional e irrestrito: "realmente, você tem razão", "você é boa demais para passar por isso, eu também estaria assim".

não ocorre.

e para melhorar: minha unha quebrou, meu modem queimou e eu não consigo dormir há uma semana. massa, né?

16.3.11

autoajuda

minha avó adorava ler o livro de salmos. aquele livro pequeno de capa dura azul? então. eu era criança e lembro bem dela abrindo aquilo, lendo algum tempo e respirando aliviada. eu pegava o livro escondido e não entendia nada. minha outra avó gostava muito de televisão. de vez em quando ficavam todos os netos assistindo e fazendo companhia. aí tinha um programa do gugu que, entre os intervalos, passava uns pensamentos do chico xavier. ela vivia pedindo para alguém anotar e lia depois. e tinha minha professora do ginásio (sou da época do ginásio, beijos!) que adorava ler "os minutos de sabedoria". vez ou outra na sala ela mandava um versinho de axioma moral de alento aos perdedores. pensando bem, devia ser legal para todas elas ter algo assim, reconfortante, tão perto.
aí eu estava aqui à toa, resolvi abrir meu próprio livro de autoajuda e voilá:

Qual é o problema? Por que se comprometer é um problema tão grande para o homem? Acho que, por algum motivo, quando um homem está viajando pela autoestrada do amor, a mulher com quem ele está envolvido é como uma saída, mas ele não quer ir para lá. Ele quer continuar na estrada. Já a mulher é assim: "Olha, gasolina, comida, alojamentos, essa é nossa saída, tem tudo que você precisa para ser feliz...Saia já, agora!". Mas o homem está concentrado no próximo sinal que diz: "Próxima saída 45 quilômetros", e pensa: "Dá para ir até lá". Às vezes dá, às vezes não dá. Às vezes, o carro acaba no acostamento, com o capô levantado e fumaça saindo do motor. E ele, sentado no meio-fio sozinho: "Acho que era mais longe do que eu pensei".

#REFLITAM!

11.3.11

Pede para sair. Ou como Cisne Negro é ruim.


ontem fui ao cinema com alguns amigos assistir o tão famoso cisne negro. se eu pudesse escolher uma palavra para descrever o filme seria: clichê. duas? grande clichê. porque é exatamente isso que o filme é: um emaranhado de senso comum. a história de uma menina talentosa e dedicada que tenta ser perfeita em tudo o que faz, mas começa a se sentir pressionada e fica doida; perde-se dentro de si mesma e não consegue mais distinguir o que é ou não real. pensem bem: quantos filmes já vimos com essa temática? gente, até a glória perez falou sobre isso. o que eu não consigo entender é por que as pessoas ficam assustadas com a mania de perfeição da personagem. olha, ela não é uma pessoa qualquer, ela é a promessa de uma companhia de balé de nova iorque, não é como se ela fosse uma bailarinazinha da escola da esquina. sério: alguém já ouviu falar em alguma bailarina (e eu falo bailarina DE VERDADE) que não esteja sempre em busca da perfeição? um atleta? se ela não fosse talentosa e dedicada ela nunca estaria ali para começo de conversa. "ah, mas a lily não é como ela e também é bailarina". meu, lily usa cabelo solto quando todos estão de coque; lily vai para baladas, fuma e bebe. é por isso que lily não é a rainha cisne. ponto.
claro, talvez lily não tenha aquela mãe frustrada e opressora, mas, ainda assim, isso não justifica o fato de a nina ser tão covardona. cara, não quer pressão? vai ser funcionária pública, filha.
sabe, é um filme chato, sobre uma menina chata, vivendo uma vida chata com uma mãe chata. procurar qualquer coisa a mais do que isso nesse filme é achar pelo em ovo. não existe intensidade, não existe surpresa. é tão visceral quanto um gatinho tomando leite. não assistam. não percam tempo e dinheiro como eu perdi o meu.

20.2.11

oi?


acho que o ato de pensar antes, mais ainda: o ato de falar só depois de pensar, separa os adultos do mundo infantil.
óbvio. criança fala tudo que dá na telha. mas, já repararam como os adolescentes também tem essa necessidade absurda de se expôr? de colocar para fora tuda que incomoda, que dói? quantas vezes nosso coração é partido e a gente pega o telefone e solta o verbo achando que a outra pessoa tem a obrigação de ouvir nosso sofrimento. você é o causador disso tudo, cachorro, agora cala a boca e me escute lamentar.
chega um momento na vida que isso passa. a gente continua sentindo, continua sofrendo, morre de ódio, mas deixa passar. porque, né? passar recibo de doida? má neeeem mooorta. o problema é a pessoa que não vai além. não sei se é córtex-pré-frontal não funcionante, se é porque ficou preso mesmo na infância, mas tem gente que REALMENTE pensa que pode falar o que quer, e REALMENTE acha que somos obrigados a escutar.

meu, what's the point?

31.1.11

cause I've been there and I'm glad I'm out

o problema não é que eu tenha virado uma pessoa mais fria, ou que o cetismo finalmente tenha se arraigado em todos meus poros. é que eu realmente desisti há algum tempo em esperar alguma coisa. virei uma cínica e sequer percebi. me conformei que não sou satisfeita agora e não serei em momento algum. essa sou eu. é por isso que estrago tudo quando alguém se importa de verdade. mais fácil evitar maiores sentimentos. o tombo é menor, já que, obviamente, é sempre inevitável.

21.1.11

Utilidade pública

gente,e o ministério da saúde que deixou um comentário aqui no blog dizendo que eu, como blogueira, poderia ajudar no problema das enchentes? olha que lindo! pois é, daí que eles deixaram um endereço de e-mail para o caso de eu querer ajudar. como sou uma serva do senhor deixo aqui as recomendações do ministério da saúde. é só clicar aqui ou no selo bonitinho aí do lado. #fikdik

não que eu ache que isso vai valer de algo, mas só do ministério da saúde usar a internet de uma forma inteligente já é um ganho para o País, né?

19.1.11

podia ser pior!

olha, se tem uma coisa que eu sou boa nessa vida é na autoenganação. às vezes tudo fica uma merda, eu fico mais antissocial do que eu sempre fui, me dá dor de cabeça só de pensar na possibilidade de eu estar passando por situações que eu nunca gostaria de passar e ainda ter que lidar com pessoas sem reclamar. detesto pessoas. e não sou do time que curte compartilhar problemas. quase sempre os resolvo sozinha.
tempos atrás, conversando com uma amiga, eu make lembrei de uma época em que eu passei por uma onda muito negra, sofri horrores, chorei litros, e ela assustada: "ué, como eu não soube disso? como não percebi? por que não me contou?". não contei porque não quis, porque, obviamente, não sei lidar. sempre resolvi tudo sozinha.
e o engraçado é que eu adoro reclamar. mas, se vocês repararem bem (e vocês nunca reparam!) eu só reclamo de trivialidades. essa é minha vida, brasil!
de modo que, conforme o tempo passa, eu acabei criando maneiras de lidar com minhas tristezas. sabe quando a gente é criança e reclama de alguma coisa e a mãe fala: minha filha, podia ser pior, você podia ser uma criança órfã da áfrica? então!
sou super trabalhada na nova releitura desse axioma de alento moral aos losers. olha só: eu poderia estar andando fantasiada em pleno dia de semana, frequentando bares de pós-adolescentes sem futuro e achando bonito ser tendente ao alcolismo, mas, né? estou aqui.

veja bem: podia ser pior.

12.1.11

é por isso que eu sou solteira #2

fato #2
quando eu era criança, frequentava muito a casa da minha melhor amiga, que é da minha idade e tem uma irmã 4 anos mais velha. essa irmã tinha um grupinho de amigos que também frequentava muito lá. daí tinha um que tinha fama de ser muito gatinho. às vezes, eu ia lá ,e dava de cara com ele.

bem... eu também achava ele muito gatinho. mas, né? 12 anos, ele lá com seus 16. adolescente, pegador, nunca nem reparou em mim.

os anos se passaram e acabei ficando amiga de algumas pessoas que o conheciam, mas não dele. dele, só ouvia histórias e comentários de como, obviamente, ele continuava muito gatinho.

tempos atrás fui falar com um amigo no msn, e quem estava do outro lado do computador? ele! o gatinho. depois daqueles papos de "fulano está tomando banho e eu estou aqui esperando" e do "a gente se conhece?" seguiu o seguinte desastre diálogo:

ele: mas, e aí, o que você anda fazendo?
eu: ué, me formei há pouco, trabalho no Senado, estou fazendo outra faculdade, estudando pra concurso. e você?
ele: ah, eu cresci muito nos últimos anos, sou presidente de uma multinacional, corro vários km por dia, trabalho com ações beneficentes e pretendo ser candidato ao governo nas próximas eleições...
eu: nossa, para você mentir assim, você deve ter virado um loser!

você.deve.ter.virado.um.loser!


sem mais.

10.1.11

nos últimos 10 anos eu...

- me formei no ensino fundamental, no médio e na graduaçã0;
- passei em 3 vestibulares, todos entre os 10, e tenho dois diplomas;
- desisti da UFG, formei na UFU e voltei pra UFG;
- estou com preguiça de ter o terceiro diploma;
-tive 4 namorados e poucos amores;
- tive poucos momentos solteira;
- tive vários piercings e nunca fiz tatuagem;
- me mudei e morei quase meia década em minas;
- em minas fiz grandes amigos e pequenos inimigos;
- conheci o Rio e escalei o Pão de Açúcar;
- li grandes clássicos da literatura mundial, brasileira e alguns lixo tipo Dan Brown;
-tive as melhores risadas no IRC, as maiores crises de ciúmes no Orkut, o maior relacionamento virtual com o Blogger e, hoje em dia, xingo muito no Twitter;
-aprendi a fala inglês;
- me viciei em séries americanas;
- comi tanta junk food que hoje não aguento mais;
- usei algumas drogas e sou política e socialmente contra;
- aprendi a falar coisas como "política e socialmente contra";
- ajudei os animais;
- li para cegos;
- estudei humanas, mas estagiei em um hospital;
- quase trabalhei no CVV;
- saí da faculdade e tive dois empregos, o primeiro durou uma semana;
- cortei meu cabelo várias vezes, mas agora deixo crescer;
- fui ruiva, morena, loira;
- vi o billy corgan na minha frente;
- já pensei que fosse morrer;
- perdi um tio, uma prima e um amigo, mas não gosto de pensar nisso;
- ganhei o Enzo;
- comecei a pagar a minha aposentadoria;


enfim, fiz tanto entre 2000 e 2010, que nem consigo pensar no que a próxima década me reserva.